Anos após ter visitado Pompeia, turista decidiu devolver os artefatos que havia levado consigo, alegando que eles seriam 'amaldiçoados'; entenda!
Publicado em 09/06/2025, às 16h00 - Atualizado em 12/06/2025, às 07h11
A antiga cidade romana de Pompeia, um dos sítios arqueológicos mais famosos e visitados da Itália e de todo o mundo, é conhecida tanto por sua história trágica quanto por seus impressionantes vestígios preservados.
Enterrada sob toneladas de cinzas após a catastrófica erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., a cidade permaneceu oculta por séculos, até ser redescoberta no século 18. Desde então, atrai milhões de visitantes fascinados por seus afrescos, estruturas e até mesmo pelos corpos petrificados das vítimas da tragédia.
Mas, além do fascínio histórico, Pompeia também possui a fama de carregar uma suposta maldição que, segundo alguns turistas arrependidos, acompanha aqueles que levam consigo pedaços do ado roubados das ruínas.
Esse foi o caso de Nicole, uma canadense que, há quase duas décadas, visitou Pompeia e decidiu levar como "lembrança" fragmentos da antiga cidade, estando entre eles partes de uma ânfora, dois pedaços de mosaico e uma peça de cerâmica.
Em 2005, jovem e curiosa, ela queria ter "um pedaço da história que ninguém mais pudesse ter". No entanto, o que parecia um pequeno ato de ousadia no auge de seus vinte e poucos anos se transformou em um pesadelo duradouro. Em uma carta enviada no ano de 2020 junto a um pacote devolvendo os artefatos, Nicole explicou que, desde o roubo, ou a enfrentar uma série de infortúnios.
Segundo o The Guardian, ela afirmou ter enfrentado duas batalhas contra o câncer de mama, sendo que a mais recente culminou em uma mastectomia dupla. Além disso, sua família ou por dificuldades financeiras severas, o que a levou a acreditar que havia sido amaldiçoada pelas relíquias que roubara. "Elas trazem má sorte", escreveu, acrescentando que não queria mais carregar tal fardo, tampouco transmiti-lo para seus filhos.
Somos boas pessoas e não quero ar essa maldição para minha família ou filhos", declarou a mulher, que pediu o perdão de Deus pelo erro do ado.
Curiosamente, o pacote enviado por Nicole ao agente de viagens de Pompeia incluía também outra carta de arrependimento — esta, assinada por um casal canadense que também havia roubado pedras do local em 2005. Assim como Nicole, eles demonstraram profundo remorso por terem retirado artefatos de uma cidade marcada por tanto sofrimento.
"Nós os levamos sem pensar na dor e no sofrimento que essas pobres almas experimentaram durante a erupção do Vesúvio e sua terrível morte. Sentimos muito, por favor, perdoe-nos por fazer essa escolha terrível. Que suas almas descansem em paz", escreveram.
Casos como esses não são raros. Segundo o portal All That's Interesting, ao longo dos anos, inúmeros turistas devolvem objetos roubados de Pompeia, muitas vezes acompanhados de cartas relatando desgraças, doenças e perdas pessoais que atribuíram a uma suposta "maldição de Pompeia".
A fonte destaca que, embora não haja nenhuma comprovação científica de que os artefatos tragam má sorte, o número crescente de devoluções levou as autoridades a criarem um pequeno museu dentro do parque arqueológico para exibir os itens devolvidos e suas histórias.
