Nesta quinta-feira, 12 de junho, tragédia deixou pelo menos 240 mortos na cidade de Ahmedabad, na Índia, em um dos maiores acidentes aéreos do país
Publicado em 12/06/2025, às 12h30 - Atualizado às 15h18
Nesta quinta-feira, 12 de junho, o mundo se chocou com a notícia de que um avião caiu em Ahmedabad, uma cidade no noroeste da Índia, com mais de 240 pessoas a bordo. Imagens que repercutiram nas redes sociais mostram desde o momento da colisão, com a aeronave caindo e explodindo, até cenas dos destroços.
Segundo o The Guardian, o avião, um Boeing 787-8 (também conhecido como Dreamliner), era o voo 171 da Air India, e tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres. Ele decolou às 13h38 (no horário local), segundo relatou o diretor-geral da Diretoria de Aviação Civil, Faiz Ahmed Kidwai, à Associated Press, mas caiu apenas cinco minutos depois, na área residencial de Meghani Nagar.
A mídia indiana informou ainda que o local do acidente era um prédio usado como acomodação para médicos que trabalham em hospitais locais. O avião chegou a emitir um pedido de socorro ao controle de tráfego aéreo, mas o sinal foi perdido segundos depois, quando atingiu uma altitude de 190 metros.
BREAKING: A Boeing 787 has crashed shortly after takeoff in India.
— Space Sudoer (@spacesudoer) June 12, 2025
The London-bound flight had 242 onboard, including 53 British nationals.
At least 40 confirmed dead. pic.twitter.com/prME75jYIY
Segundo a Air India, havia 242 pessoas a bordo do avião — o número ainda é incerto, com Kidwai alegando serem 244 pessoas —, incluindo dois pilotos e dez tripulantes de cabine. Dos ageiros, 169 eram indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense.
A primeiro momento, o comissário de polícia de Ahmedabad afirmou que, aparentemente, não houve nenhum sobrevivente da tragédia, além de também ter vítimas em terra. Porém, posteriormente, a agência de notícias Ani, citando a polícia, informou que um sobrevivente britânico foi encontrado e resgatado nos destroços do avião, e um outro sobrevivente estava sendo tratado em um hospital, com ferimentos.
À Reuters, equipes de resgate também disseram ter recuperado pelo menos 30 corpos do prédio em que o avião caiu. Dos ageiros, mais de 204 corpos já foram recuperados, mas o número total de mortos permanece incerto, enquanto as equipes de resgate trabalham nos destroços carbonizados.
Segundo o The Guardian, o 787 Dreamliner é um avião bimotor de fuselagem larga, cujo modelo foi lançado em 2011. Ao todo, mais de 1.000 unidades foram entregues a dezenas de companhias aéreas, e desde então o modelo vem sendo elogiado por sua eficiência de combustível superior, e ruído reduzido em comparação a outros modelos que substituiu.
Esse acidente, por sua vez, é o primeiro registrado envolvendo um Boeing 787, conforme o banco de dados da Aviation Safety Network.
Vale mencionar ainda que, há mais de seis anos, a Boeing está em modo de recuperação, depois que um Boeing 737 Max 8, da Lion Air, caiu no Mar de Java, na costa da Indonésia, apenas alguns minutos após sua decolagem de Jacarta. Esse episódio resultou na morte de todas as 189 pessoas a bordo. Além disso, apenas cinco meses depois, outro avião do mesmo modelo, da Ethiopian Airlines, caiu após decolar de Adis Abeba, vitimando 157 ageiros e tripulantes.
Até o momento, não foi divulgada nenhuma informação oficial que tente explicar as possíveis causas para o acidente. Porém, John Cox, consultor de segurança da aviação, disse à AP que uma das perguntas que os investigadores fariam seria se o avião estava devidamente configurado para voar.
Por agora, Cox enfatiza que é muito cedo para tomar conclusões, mas que imagens granuladas do voo sugerem que uma área de investigação provavelmente seria se os slats e flaps da aeronave estavam na posição correta, durante a subida do avião.
Vale destacar ainda que, estatisticamente, na aviação os acidentes são mais propensos a ocorrer durante o pouso ou a decolagem. Além disso, um especialista em segurança da aviação disse à BBC que o tempo estava estável e claro no momento, o que indica alguma possível falha técnica.
