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Corrosão dentária revela pistas sobre parentes extintos dos humanos

Novo estudo indica que defeitos no esmalte do gênero Paranthropus são genéticos, e não causados por doenças, mudando hipóteses da evolução humana

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 12/06/2025, às 16h45

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Um crânio de P. robustus que foi estudado quanto às características dentárias - Divulgação/Ian Towle
Um crânio de P. robustus que foi estudado quanto às características dentárias - Divulgação/Ian Towle

Uma curiosa corrosão no esmalte dentário de fósseis de Paranthropus — um gênero extinto de parentes próximos dos humanos — intriga pesquisadores há décadas.

Agora, um estudo recente publicado no Journal of Human Evolution propõe uma explicação surpreendente: esses defeitos não seriam causados por doenças ou fatores ambientais, mas sim uma característica genética hereditária, possivelmente exclusiva da linhagem Paranthropus.

O estudo, liderado por Ian Towle, do Laboratório de Pesquisa em Paleodietas da Universidade Monash, na Austrália, identificou cavidades uniformes, circulares e rasas (conhecidas pela sigla UCS, em inglês) em cerca da metade dos indivíduos do gênero Paranthropus encontrados em sítios do sul da África, datando entre 3,4 milhões e 1,1 milhão de anos atrás.

Esse tipo específico de corrosão pode se tornar um marcador único para certas linhagens evolutivas, ajudando-nos a identificar fósseis", explica Towle.

Ao contrário de defeitos comuns no esmalte — geralmente associados à desnutrição ou estresse ambiental e que aparecem como linhas ou depressões isoladas —, as cavidades UCS formam padrões agrupados, sugerindo uma origem distinta.

Os pesquisadores compararam os dentes com outras espécies antigas como o Australopithecus africanus e o gênero Homo, encontrando o padrão UCS apenas esporadicamente fora do Paranthropus, incluindo raros casos em espécies como Homo floresiensis e Homo luzonensis.

Explicação

Essa distribuição sugere que o UCS poderia ser uma característica taxonômica — um traço que ajuda a classificar e distinguir espécies. Porém, Towle alerta que mais evidências são necessárias antes que essa hipótese possa ser usada com segurança.

Mais pesquisas são essenciais antes que a marcação por punção UCS possa ser usada como um marcador taxonômico em estudos com hominídeos", disse.

Um dos caminhos mais promissores para aprofundar esse entendimento é a paleoproteômica, ciência que estuda proteínas preservadas em fósseis. Ela pode oferecer dados sobre sexo, dieta e até traços genéticos associados à formação dessas cavidades.

"É uma direção promissora para entender se a corrosão é mais comum entre machos ou fêmeas de Paranthropus", afirma Towle.

Segundo o 'Live Science', o estudo reforça a importância de traços anatômicos sutis como ferramentas para investigar a complexa árvore genealógica humana. Mesmo pequenos detalhes, como imperfeições dentárias, podem ajudar a revelar a biologia e a ancestralidade de hominídeos que viveram há milhões de anos.