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Lula vermelho-sangue é filmada viva pela primeira vez na Antártida

Durante uma expedição, pesquisadores tiveram um encontro inédito com a criatura rara a mais de 2 mil metros de profundidade no oceano

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 10/06/2025, às 16h25

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Pesquisadores filmam lula vermelho-sangue na Antártida - Divulgação/Schmidt Ocean Institute
Pesquisadores filmam lula vermelho-sangue na Antártida - Divulgação/Schmidt Ocean Institute

Pesquisadores registraram pela primeira vez imagens ao vivo da esquiva lula gonata antártica (Gonatus antarcticus), uma espécie conhecida há mais de um século, mas nunca antes vista em seu habitat natural. O flagrante ocorreu em 25 de dezembro de 2024, nas águas geladas da Antártida, a 2.152 metros de profundidade — dentro da chamada "zona da meia-noite" do oceano.

O feito histórico foi anunciado pela National Geographic após cientistas usarem um veículo operado remotamente (ROV) lançado a partir do navio de pesquisa R/V Falkor (too), do Instituto Oceânico Schmidt.

As imagens do animal vermelho-sangue, com cerca de 90 centímetros de comprimento, foram analisadas pela especialista Kat Bolstad, da Universidade de Tecnologia de Auckland, na Nova Zelândia, que confirmou a identificação da lula.

“Até onde sabemos, esta é a primeira filmagem ao vivo desse animal no mundo”, declarou Bolstad à National Geographic. Até então, a espécie só havia sido estudada por meio de espécimes mortos capturados em redes de pesca ou analisando restos de bicos encontrados no estômago de predadores.

Detalhes

Segundo o 'Live Science', a lula foi observada por alguns minutos antes de liberar uma nuvem de tinta esverdeada — reação defensiva ao grande e luminoso equipamento que se aproximava — e desaparecer na escuridão abissal. O ROV permitiu que os cientistas medissem a criatura usando lasers acoplados.

Além do corpo alongado e translúcido, a lula apresentava um gancho proeminente na ponta dos tentáculos mais longos — característica marcante da espécie. "Esses impressionantes ganchos provavelmente são usados para capturar e imobilizar presas durante emboscadas", explicou Alex Hayward, professor da Universidade de Exeter, que não participou da expedição.

O registro é considerado um marco para a biologia marinha, já que a zona batipelágica — entre 1.000 e 4.000 metros de profundidade — permanece um dos ambientes menos explorados do planeta.

A descoberta pode oferecer novas pistas sobre o comportamento e a ecologia de cefalópodes abissais, ampliando o conhecimento sobre a vida nos oceanos profundos.