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A tela “Diego e Eu” da pintora mexicana desbancou recentemente a obra do marido muralista Diego Rivera como o artista plástico mais valorizado da América Latina — voltando os olhares novamente para o casal
A venda de uma tela de Frida Kahlo, em novembro de 2021, pela casa de leilões Sotheby’s em Nova York, pelo valor de 34,9 milhões de dólares, volta a chamar a atenção para esta que é considerada a artista latino-americana mais valorizada do mundo. Intitulada "Diego Y Yo", de 1949, é um autorretrato da pintora com a imagem do marido, o muralista Diego Rivera, em sua testa.
Nele, Frida está chorando, e Diego se mantém sereno, trazendo em sua própria testa, um terceiro olho. Apesar de ser uma obra de pequenas dimensões, exala uma força descomunal ao demonstrar a ligação mental, espiritual e física do casal de pintores, que teve um casamento conturbado durante a primeira metade do século 20.
O artista Diego Rivera já era proeminente quando conheceu Frida Kahlo na década de 1920. Vivendo em Paris entre os anos de 1911 e 1921, ele teve contato e trabalhou com grandes nomes das vanguardas europeias, como Pablo Picasso, Amadeo Modigliani e Piet Mondrian, entre outros que influenciaram a sua arte.
No entanto, ele foi além em sua criação artística: o cubismo de Rivera era dotado de linguagem colorida, que incluía elementos da cultura mexicana e serviu, em grande parte, como base para o muralismo a que se dedicou o pintor em seu retorno para o país natal.
Propondo a democratização da arte em locais públicos e focado em temas nacionais, o muralismo mexicano tinha uma proposta — inovadora na época — de cunho social e político. A história do povo mexicano foi sendo contada por ele em murais em importantes edificações da istração pública.
Quando conheceu a jovem pintora, encantou-se por aquela garota que se vestia com trajes tradicionais mexicanos e produzia uma obra repleta de autorreferências, em pinceladas intensamente coloridas. Casaram-se em 1929.
A casa onde residiam é atualmente o Museu Frida Kahlo e este patrimônio foi testemunha das conquistas e desafios diários que a sua nobre moradora enfrentou. Chamada carinhosamente de Casa Azul — por conta do azul intenso das paredes e muros da residência — o lar da infância de Frida e, posteriormente, da sua vida de casada, é um local onde ainda se sente a pulsação da luta pela vida, da arte sendo produzida, do arrebatamento se transformando em quadros tocantes.
O cenário perfeito para a cura da dor e a chegada do amor, um ambiente que se tornou uma síntese das escolhas e valores compartilhados por Frida e Diego: exaltação da arte, discussões políticas, rodas de gastronomia típica local, artesanato popular do México, arte pré-colombiana, jardins frondosos e receptivos.
No entanto, apesar da ligação extraordinária que os mantinham coesos, ambos tinham uma necessidade exacerbada de expressar a sua individualidade — e não era apenas manifestando-se artisticamente. Tanto Diego quanto Frida tiveram casos extraconjugais; ela, muitas vezes com outras mulheres. O relacionamento aberto foi um fator aceito com certa tolerância e talvez tenha servido como válvula de escape para cada um deles, por motivos diferentes.
Diego era quase 19 anos mais velho que ela; já tinha uma vida em andamento, com seus métodos e vícios quando se apaixona por Frida, uma garota moderna, mas com complexos problemas de saúde por conta de um acidente no trânsito que quebrou vários de seus ossos.
Com a necessidade de ar por mais de 20 cirurgias durante a sua existência e usar colete ortopédico pelo resto de seu tempo, é de se acreditar que Diego nem sempre esteve religiosamente ao seu lado. Já Frida, ao experimentar a frustração de ver seu marido sendo infiel, provavelmente assegurou para si mesma carta branca para casos amorosos pontuais.
No podcast a seguir, entenda a relação de Frida Kahlo com seus dois mais importantes amores: Diego Rivera, seu companheiro de vida, e Leon Trotski, o líder revolucionário comunista que a encantou.
E, em tempo: o comprador do quadro “Diego e Eu” de quase 35 milhões de dólares, foi o colecionador argentino Eduardo Costantino, fundador do Museu Malba, em Buenos Aires. Ele pretende expor a obra ainda neste ano de 2022.