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Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe revela que larvas de insetos sobreviveram a queimadas intensas dentro de galhas
Em meio ao cenário preocupante de queimadas que assolam os biomas brasileiros, uma descoberta surpreendente revela como a natureza pode estar buscando formas de resistir ao fogo.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Sergipe identificou que insetos estão sobrevivendo a incêndios intensos graças a estruturas chamadas galhas, que funcionam como verdadeiros abrigos naturais.
Essas galhas se formam quando larvas de insetos ou parasitas depositam seus ovos em partes específicas das árvores. Em resposta, a planta desenvolve um crescimento anormal, gerando um invólucro que protege os insetos recém-nascidos de predadores e outras ameaças externas. No entanto, o que mais chamou atenção dos cientistas foi a capacidade dessas estruturas de resistirem ao calor extremo de incêndios florestais.
A pesquisa foi realizada após um incêndio de grandes proporções que atingiu por mais de 24 horas uma área de preservação no Cerrado, em Minas Gerais. Mesmo em galhas queimadas externamente, os pesquisadores encontraram larvas vivas no interior das estruturas. Das galhas coletadas em árvores expostas ao fogo, 66% ainda abrigavam larvas vivas — e, em 20 delas, todas as larvas haviam resistido às chamas.
Para investigar melhor o fenômeno, os pesquisadores analisaram galhas de 40 árvores, divididas entre áreas queimadas e não queimadas. Nas árvores atingidas pelo fogo, as galhas estavam localizadas em pontos expostos ao calor intenso e apresentavam sinais claros de carbonização. Ainda assim, a taxa de sobrevivência das larvas foi alta.
Segundo o G1, a descoberta levantou uma hipótese instigante: será que os insetos estão, aos poucos, modificando a forma de construir suas galhas para torná-las mais espessas e resistentes ao fogo? Essa possibilidade sugere um processo de adaptação evolutiva às queimadas, que vêm se tornando cada vez mais frequentes no país.
No último ano, o Cerrado brasileiro perdeu 9,7 milhões de hectares para o fogo, sendo que 85% dessa área era composta por vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Em comparação com 2023, o aumento foi de 91% na área queimada, tornando 2024 o pior ano em incêndios desde 2019.
Os autores do estudo acreditam que o achado deve impulsionar novas pesquisas sobre a resiliência da fauna e flora frente às mudanças ambientais extremas. Além de revelar a impressionante capacidade de sobrevivência de pequenos insetos, o estudo também serve como mais um alerta sobre a gravidade dos incêndios florestais no Brasil — e a necessidade urgente de políticas ambientais eficazes.